domingo, 5 de fevereiro de 2012

Relatorio de Atividades

Nos dias 14 e 15 de janeiro do ano de 2012 o I Furdunço Cultural do Potengi aconteceu no município de São Paulo do Potengi, no Rio Grande do Norte. Realizado pelo Grupo ProcurArte por meio do Programa de Patrocínios Culturais do Banco do Nordeste esse evento se propôs a unir diversas linguagens artísticas tornando acessíveis à população local os conteúdos culturais tradicionalmente produzidos na região. Proporcionou trocas de experiências e de informações acerca de quais conteúdos que estão sendo produzidos na região e como. Que projetos há, que entraves se encontra em sua realização, quais são os agentes que desenvolvem ações com cultura nos municípios do Potengi e como isso se renova.

A feira de cultura 'Furdunço Cultural' teve caráter público, gratuito e aberto, porque entendemos a necessidade de democratizar o acesso à cultura e às informações sobre políticas culturais de forma geral. Sua realização partiu da sociedade civil embora os gestores locais tenham sido convidados a participar de nossos espaços de discussão e apresentação.

No sábado 14, pela manhã, tivemos uma mesa redonda com a participação da cordelista Neuza Romão, do município de São Pedro do Potengi, e do poeta César, natalense adotado por São Paulo do Potengi há 7 anos. Também nesse momento tivemos uma conversa com Renata Marques, produtora da Tropa Trupe Cia de Arte, de Natal, que veio contar um pouco da experiência com elaboração e execução de projetos artísticos.

À tarde desse mesmo dia seguimos nossas atividades com oficinas de literatura de cordel com josé Acaci, professor, compositor e poeta cordelista; de macramê com Bernardo Rodriguez, artesão e artista circense; de dança com Kallyne Carlos, profissional da dança de salão e aluna do curso de dança da UFRN, de música com Kerolaynne Pontes e Emerson Dornelles do Grupo Pau e Lata de São Paulo do Potengi; de teatro com a atriz Badu Morais; e de malabares com Wendel Gabriel e Adolfo Ramos da Tropa Trupe Cia de Arte.

Desde a E. Mun. Djalma Marinho onde aconteceram as oficinas seguimos em um cortejo até o Balneário da Barragem Campo Grande onde nos esperavam alguns dos músicos mais tradicionais da cidade: Seu Barrinha do 'Vialejo' e Seu Severino Hegídio. Nos agraciaram esses e alguns outros chegados ao momento com boa música e diversão no momento Pôr do Sol na beira do rio que dá nome ao nosso lugar.

As atividades do domingo, dia 15, começaram às 8h da manhã no palco Fabião das Queimadas na Praça Monsenhor Expedito, centro da cidade. O 'bom dia' foi dado pelo maestro José Alves Júnior de São Pedro do Potengi que nos agraciou com as apresentações do grupo de flauta doce de São Pedro do Potengi e da Banda Filarmônica Maestro Jurandir Florentino. estavam presentes alguns dos alunos do Projeto Sons do Potengi, realizado também pelo grupo ProcurArte no ano de 2011 com patrocínio do Banco do Nordeste, oferecendo um ciclo de oficinas de flauta doce e percussão para crianças e adolescentes.

Alexandre Moreira e Conceição Campos participam com o violão e o bandolim. Seu Barrinha do "Vialejo" e seu companheiro Inácio, Severino Hegídio, Chico de Luzia e José Américo protagonizaram solos de forró e cantoria. Fugindo do nosso planejado, chegaram mais tocadores, subiram todos ao palco e o forró se formou. José Acaci esteve presente com sua poesia musicada, vindo do município de Parnamirim e trazendo seus cordéis. As trocas de experiência nos deram também a participação espontânea do músico Elias Fabião que levou seu primeiro cordel, feito na noite anterior, para ser lido para o público. Moacir das Castanhas cantou sua cançãoaqui é o meu lugar, música que fez falando da cidade de São Paulo do Potengi. Tivemos a permanente participação da Tropa Trupe Companhia de Arte com as intervenções dos palhaços Sula (Wendel Gabriel) e Rubi (Adolfo Ramos), acompanhados do artista circense Bernardo Rodrigues. A dupla cantadora do município de Ielmo Marinho, Maçã e Maturí, esquentou ainda mais a manhã de apresentações com a divertida embolada de coco e pudemos ver as intervenções do dançarino Álvaro Paraguay.

O nosso público esteve atento, houve curiosidade, sorrisos e diversão.

Estamos decididos a seguir com esse projeto, torná-lo mais estruturado, e que permita um alcance e prestígio maior para a cultura do Potengi. Na medida que nos deixem o tamanho de nossos braços e pernas, queremos ir além.


EQUIPE DE TRABALHO

Stéphanie Campos Paiva Moreira

Izete Campos Paiva Moreira

Cláudia Íngrid Campos Paiva Moreira

Bernardo Rodrigues

Elias Fabiao

Deyse Lopez

Diego Castro

Magno Diniz

Jucilete

Mara

(...)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Perdemos R$ 210.000,00 para a cultura do Potengi, mas quem se importa?

(Dica de leitura: Interessados no centro da questão, ir direto ao parágrafo 4. Quer contextualizar-se? Comece do início, passe pelo meio e chegue ao final. Boa leitura!)

O ministério de Desenvolvimento Agrário, MDA, está composto por três secretarias: Secretaria de Agricultura Familiar, Secretaria de Reordenamento Agrário e Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Esta última tem ações nas áreas de Dinamização Econômica e Cooperativismo bem como em Desenvolvimento Territorial. Neste caso, nos explica o Governo Federal através de dados oficiais divulgados na página da SDT, que as ações de desenvolvimento se distribuem através de cinco áreas de atuação: “educação e cultura, formação de agentes, diversidade e cidadania, gênero, e populações tradicionais e povos indígenas.”

A partir desse contexto surge em 2003 o programa Territórios Rurais com o objetivo de apoiar “a organização e o fortalecimento institucional dos atores sociais locais na gestão participativa”. Em 2008 surge vinculado a esse, o programa Territórios da Cidadania. Sobre isso o Portal da Cidadania diz:

O Territórios da Cidadania tem como objetivos promover o desenvolvimento econômico e universalizar programas básicos de cidadania por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. A participação social e a integração de ações entre Governo Federal, estados e municípios são fundamentais para a construção dessa estratégia.

Os Territórios Rurais são a base dos Territórios da Cidadania. Possuem uma organização, o Colegiado, que está vinculado diretamente a dois dos objetivos específicos do Programa: 'planejamento e integração das políticas públicas' e 'ampliação da participação social'. Esse é o ponto para o qual quero chamar atenção. Há maneiras de a população aproximar-se das decisões públicas sobre o uso de verbas e sobre as ações de desenvolvimento local e territorial e uma dessas saídas é a participação nos programas de decentralização dos investimentos públicos em diversas áreas como permite a ação dos territórios da cidadania.

As ações aí empreendidas não são decididas pelos prefeitos, governadores, presidentes, ricos a cargo de ordens políticas ou qualquer influência daninha. Esse espaço permite a participação da população em geral, desde gestores públicos, instituições privadas, pessoas, lideranças sociais, e, porque não, curiosos que tenham vontade de saber do que se trata e para onde estão levando o que é de todos e de cada um. Quando tive essa curiosidade me aproximei e perguntei, “como faço pra participar?”. Na semana seguinte estava em uma reunião do colegiado do territótio do Potengi, cercada por gente experiente, mais velha, um povo de sapato, camisas oficiais e tempo de estrada. Fiquei algun tempo calada, entendendo o que meus chinelos havaiana podiam representar ali dentro e logo encontrei alguns pares. Mulheres, agentes culturais, poucos como sempre, mas havia. Mais uma vez tive claro que a melhor saída é participar e tratei de fazê-lo.

Isso aconteceu em março de 2010, no início das atividades anuais e com a notícia que havia uma verba disponível para desenvolver ações culturais no território do Potengi. No susto, porque havia como duas semanas para ter um projeto elaborado e submetido, começaram as discussões no seio do colegiado para decidir que tipo de projeto seria conveniente implantar. Hugo de tal me mandou uma lista de possibilidades de trabalho por e-mail, todas relacionadas com a cultura popular da região. Rosinaldo Luna apresentou uma boa proposta que consistia em um teatro itinerante, que pudesse construir ações em vários municípios. Eu propus a criação de um espaço fixo para atender as diversas necessidades estruturais dos grupos de cultura da região, mas que pareceu ao grupo demasiado amplo. Essa proposta foi rediscutida e entramos em comum acordo de desenvolvê-la melhor. Depois ainda dividimos em um projeto de investimento e outro de custeio. Assim começava o anexo enviado a Johan Adonis, articulador do Colegiado do Potengi, no dia 29 de março de 2010, referindo-se ao projeto de investimento:

Projeto de Criação e Estruturação do CAPA Potengi

(Centro de Apoio e Produção Artístico-cultural do Território do Potengi)

Elaboração: Stéphanie Campos

Estrutura do Projeto

Identificação do projeto: Estruturação de um Centro de Apoio e Produção Artístico-cultural para atender o território do Potengi no intuito da valorização e desenvolvimento dos setores de cultura da região nas áreas de Artes do Espetáculo; Literatura Livre; Manifestações Populares; Memórias, saberes e fazeres e; Lugares e festejos.” Havia discriminado no projeto beneficiários, metodologia de execução e ainda um cronograma de desenbolso teve que ser pensado, como manda o fugurino técnico. Para isso escrevi uma justificativa, desenvolvi um orçamento (metas e estimativas de custo) que totalizavam R$ 169.035,00. Por decisão do colegiado a instituição proponente deste projeto foi a prefeitura municipal de São Paulo do Potengi. Também aconteceu assim para o projeto de custeio.

Identificação do Projeto de custeio: “Diagnóstico das potencialidades artístico-culturais do território do Potengi com vistas a criação de um plano territorial de desenvolvimento da cultura nas áreas de Artes do Espetáculo; Literatura Livre; Manifestações Populares; Memórias, saberes e fazeres e; Lugares e festejos através do Centro de Apoio e Produção Artístico-cultural.” O orçamento que desenvolvi para esse totalizava o valor de R$ 40.000,00.

Alguns detalhes dos projetos foram modificados para adecuar-se às necessidades oficiais do momento e se encuadrar nos modelos de algum sistema 'online' que seria manejado por algum profissional a serviço da prefeitura (isso tudo pra mim continua sendo um universo desconhecido).

Ufa! Havíamos submetido o projeto a tempo! O acompanhamento do andamento dos projetos só podem ser feito pela instituição proponente, nesse caso a Prefeitura Municipal de São Paulo do Potengi, que é quem tem acesso ao sistema, senha, etc. Depois desse momento tive um ano de articulação cultural em 2010 com a participação nas Conferências municipal, estadual e nacional de cultura bem como com vários eventos e grupos culturais do RN. Em 2011 viajei à cidade de Buenos Aires para fazer um curso de Gestão Cultural que está em fase de conclusão. Voltei pra casa em janeiro de 2012 e quis saber como andava a implementação do projeto, inocência falida que trazia comigo. Fui até a sala de articulação do território do Potengi conversar com Johan e saber 'que onda'. Pasmen! O projeto não havia avançado e estávamos ainda sem saber se poderia ser levado adiante porque o proponente, Prefeitura Municipal de São Paulo do Potengi, não havia enviado os dados necessários para isso.

De acordo com e-mail enviado por Ana Netto, funcionária do MDA, em 13 de janeiro de 2012, a Dario Andrade, Delegado Federal do MDA, “A proposta 043319/2010 foi analisada pelos técnicos da SDT em 20/05/2010 e solicitado complementação na mesma data, até a presente data não foi atendida, entretanto mesmo que a prefeitura faça a complementação HOJE não é possível aprovar uma proposta em janeiro de 2012 cuja refere-se ao exercício fiscal de 2010.

Me lembro da última reunião do colegiado do território do Potengi agora em janeiro, na sexta-feira, véspera do I Furdunço Cultural do Potengi (projeto que também escrevi mas que se concretizou com patrocínio do Banco do Nordeste e apoio de gente sensível ao tema da cultura) realizada no auditório da secretaria de educação. Aí eu tinha um sentimento bastante infeliz e contrariado que não sei até agora se pôde ser sentido por tantos que estavam ali preocupado com a não menos importante 'cadeia do leite' e 'compra de tratores'. Disse que se de fato perdêssemos esse projeto que deu tanto trabalho em tão pouco tempo, tendo sido o primeiro projeto para cultura aprovado num território da cidadania no Rio Grande do Norte, seria uma falta de respeito para quem trabalha com cultura ali. As caras, com poucas exeções, não pareciam muito comovidas com o acontecido.

Não escutei nenhuma manifestação explicativa oficial por parte do proponente (que não é uma pessoa, é instituição pública a serviço do povo, que não passa, porque a prefeitura, seja com quem for, sempre está aí. Não pessoalizemos a questão.), mas certamente seriam duas palavras para isso e duzentas falando de todas as outras benfeitorias na retórica política clássica de tampar ouvidos e condicionar os discursos. São apenas R$ 210.000,00 que deixaram de chegar, mas quem disse que pra cultura isso faz falta? Faz nada... Dá 200 conto pro figurino novo do grupo tal duas vezes ao ano e resolve isso...

Quem avisa amigo é... População informada e participativa tem o direito e todas as condições de cobrar e controlar o que lhe pertence. Mas o coletivo é tudo. Talvez algum dia o Potengi também se anime a organizar-se em movimento civil de fato, e como isso faz falta. Desapontada, me despeço. Se você leu até aqui, lhe dou os parabéns. Ler duas páginas é muito pouco perto do que se precisa fazer ainda.

Grande abraço, e sigamos em frente.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Passos dados, caminho iniciado


Começo essa postagem agradecendo.
Amigos, artistas, equipe de produção, oficineiros, família, participantes, público, Banco do Nordeste, assistentes, cozinheiras, motoristas, decoradores, divulgação, espaços... sem citar nomes quero agradecer a todas as pessoas por trás das palavras agora dispostas. Sem eles não haveria Furdunço nenhum.
Sigo reconhecendo o atrevimento que é trabalhar cultura popular em uma região que ainda não tem tradição em movimento cultural. Refiro-me ao movimento social, da população organizada, em prol de ações surtidas e consolidadas na área de cultura. Já havíamos tentado realizar esse evento antes, no ano de 2010, mas não foi possível ter apoio suficiente para arcar com todo esse trabalho e, ao mesmo tempo, conseguir estar livres nas escolhas a tomar e nos espaços que pensamos ocupar. Como resultado de um movimento cultural nacional temos hoje no Brasil políticas públicas que permitem a descentralização e o acesso a formas de patrocínio de ações dentro da área cultural, ainda reconhecendo suas falhas e a necessidade de tornar esse acesso perene e as ações, continuadas. O que nos falta agora é apropriarnos dessas possibilidades e torná-las locais.
O Furdunço tratou de chamar atenção para a existência de uma cultura popular no Potengi, de uma identidade local que permite desenvolvimento das pessoas que a fazem, sempre na condição de que essas pessoas se juntem reivindicando tratamento respeituoso e profissional à categoria artística.
Reconhecemos as falhas de nosso evento, de estrutura física, da escolha da época de sua execução, da necessidade de trabalhar e cuidar mais ao público. Reconhecemos com a mesma intensidade a validez da iniciativa. O que queremos colocar no palco é a semente de ter uma rede viva que mobilize ações para o desenvolvimento cultural local, sem fronteiras de faixa etária, de condição social ou outras limitantes. Entendemos e valorizamos a cultura por si mesma, no seu fazer cotidiano.
A noção de desenvolvimento local muito comumente é diminuída aos campos da economia e do associativismo. Como muito se aproxima da educação, mas excluir disso a cultura é como tirar a alma de um corpo, fazer com que ele se esvazie de sentido. Um jovem conhecer gente que toca sanfona ou faz cantoria há 60 anos ou mais ou um velho ver meninos embolando coco ainda de "calça curta" é um prazer indescritível. É ver o crescimento e a consolidação de raízes. É por isso que estamos decididos a seguir com esse projeto, torná-lo mais estruturado, e que permita um alcance e prestígio maior para a cultura do Potengi. Na medida que nos permitam o tamanho de nossos braços e pernas, queremos ir além.
Agradecemos mais uma vez o apoio e incentivo da nossa equipe, do nosso público e de quem se aproximou para elogiar essa iniciativa. Contamos com vocês para a próxima edição e esperamos fazer um Furdunço muito maior! Muito gratos!
Grupo ProcurArte

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Palco Fabião das Queimadas

No domingo pela manhã todo mundo sabe que o Furndunço é na feira!
É por isso que nossa programação nesse dia será pela manhã, entre 7 e 12h, na praça da cidade, bem ali por trás da loja de Luizinho. A gente queria mesmo era estar no meio da feira, mas para não atrapalhar a logística dos feirantes e o trânsito das ruas do centro, marcamos o encontro ali ao lado, e parece que vai ser bom!
Temos boas confirmações para se apresentar nesse dia no palco Fabião das Queimadas.
Uma delas é a participação do maestro José Alves Júnior que vem com a Banda de Flauta Doce e a Banda Filarmônica Maestro Jurandir Florentino de São Pedro do Potengi. Alexandre Moreira e Conceição Campos participam com os alunos do Projeto Crescendo com Arte, do Sesi-Natal. Seu Barrinha do "Vialejo" e seu companheiro Inácio vem abrilhantando a nossa manhã. Também José Acaci estará presente com sua poesia musicada, vindo do município de Parnamirim.
Em breve estaremos com mais confirmações.
Desde já agradecemos aos companheiros blogueiros que divulgaram nosso evento.
Grande abraço!
Esperamos vocês!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Um Furdunço de oficinas

Mais uma novidade do Furdunço Cultural que haverá neste fim de semana (14 e 15 de janeiro) em São Paulo do Potengi.
Confirmamos 4 oficinas para a tarde do sábado (14/jan) entre as 14h e 16h na E. Mun. Luiz Antonio, ainda conhecida por muitos como Cenec.
As inscrições serão feitas pela manhã as 9h na abertura do evento (Auditório da Secretaria de Educação). A participação é livre e gratuita.

Aí vão os destalhes:

Oficinas

14h-16h

E. Mun. Luiz Antonio

  1. Dança

Convidada: Kallyne Carlos (Dança UFRN/Grupo Força Zouk)

  1. Teatro

Convidada: Jéssyca Badu

  1. Música (Grupo Pau e Lata/SPP)

Convidados: Kerolaynne Pontes

Emersom Dornelles

Antônio Amaro

  1. Circo

Convidados: Circo Tropa Trupe

  1. Literatura de Cordel

Convidado: José Acaci